Coronavírus – BNDES e Bancos Ajudarão Empresas, MENTIRA!!
O BNDES e vários bancos estão veiculando propagandas fazendo o papel de “bom moço”, mas na prática as coisas simplesmente não estão acontecendo. Sugiro que continue lendo este artigo para entender todo esse imbróglio.
Para enfrentar essa crise econômica instalada no país, com o fechamento do comércio, muitas empresas e autônomos têm procurado os bancos em busca de uma ajuda para sua situação financeira. Como é anunciado na TV, parece uma luz no fim do túnel, mas na prática não passa de grandes armadilhas.
Ajuda para Pessoas Físicas e Jurídicas. Será?
Segundo Gustavo Montezano, presidente do BNDES, a primeira medida é a transferência de R$ 20 bilhões em recursos do PIS/Pasep para o FGTS, que permitiria novos saques dos trabalhadores. Além disso, o banco também anunciou que vai colocar R$ 19 bilhões em refinanciamento de dívidas diretas feitas com o BNDES, e mais R$ 11 bilhões em operações indiretas. No primeiro caso, haverá suspensão integral de juros por seis meses, além de capitalização do saldo devedor e manutenção do prazo total. No outro, as bases são as mesmas, mas deve beneficiar mais pequenas e médias empresas.
Outros R$ 5 bilhões serão destinados ao capital de giro para as empresas com faturamento anual até R$ 300 milhões. Elas poderiam pedir empréstimos de até R$ 70 milhões com carência de dois anos para começar os pagamentos. O prazo total para o pagamento é de 60 meses, e as empresas não precisam especificar a destinação dos recursos. Legal né?
O primeiro anúncio é de que seria possível postergar os pagamentos de empréstimos e financiamentos por 60 dias. Ao procurarem os bancos, as pessoas têm sido informadas de que o empréstimo A ou B não se enquadra nessa postergação, e para aqueles que se enquadram, mais juros abusivos serão aplicados. Os bancos estão permitindo a postergação somente em contratos que apresentam bens em garantias. Logo, para conseguir qualquer “ajuda” do banco, terá que colocar seus bens em garantia. Jamais faça isso.
Outro ponto a ser contestado é que, mesmo com a redução da taxa Selic para 3,75% ao ano, os bancos não reduziram os juros abusivos de seus produtos (cheque especial, cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e descontos de duplicatas). Os bancos brasileiros continuam cobrando juros abusivos, os mais caros do planeta. Eles alegam que precisam cobrar juros abusivos porque a inadimplência aqui é muito elevada. O que é outra mentira. A inadimplência bancária aqui é igual à de outros países emergentes, cerca de 4% ao ano.
BNDES e bancos públicos dificultam acesso a crédito – Os empresários que têm procurado o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e até mesmo o Banco do Povo estão encontrando muitas barreiras para conseguir ajuda financeira. As exigências são tantas que é praticamente impossível conseguir. A empresa precisa estar há determinado tempo no mercado, apresentar saldo médio, nenhum protesto em cartórios, nenhuma dívida tributária, tirar certidões negativas; enfim, estão anunciando a liberação de dinheiro para uma minoria.
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