Como uma empresa familiar deve olhar para a crise
Ter empresas familiares, onde a administração é feita de forma conjunta, não é nada fácil. Isso porque naturalmente existem os atritos pessoais e as diferenças acabam vindo à tona, tornando o gerenciamento do negócio muito mais complexo e difícil. Além disso, uma empresa que carrega o “nome da família” acaba deixando as coisas mais tensas, porque diz respeito à honra e ao respeito à história das pessoas.
Nesse sentido, uma dívida bancária não paga, sendo que o gerente do banco é amigo, um tributo não recolhido, trazendo a possibilidade de perda de um imóvel que está na família há anos, ou a queda da qualidade da prestação do serviço, que destrói a imagem da empresa, são fatores que contribuem para inúmeras noites sem dormir.
Para se ter uma ideia, de acordo com pesquisa realizada pelo ENEF, em 2016, 40% do PIB foi gerado por empresas familiares, e 2018 fechou o ano de mais de 5 milhões dessas empresas com o nome negativado. Porém, o drama vivenciado por grande parte dos empreendedores brasileiros precisa ser devidamente encarado para superar as adversidades.
O primeiro passo para quem busca superação em um momento de recessão econômica, é o enfrentamento das dívidas com fornecedores e bancos(essas com juros abusivos), tratando-as como um fenômeno natural no Brasil atualmente. Hoje em dia, toda empresa convive, infelizmente, com essa dura realidade. E principalmente saber que, no mercado e no país em que vivemos, ninguém vai ter pena de alguém quando o assunto é dinheiro.
Quando nos referimos ao gerente do banco que é amigo da família, lembra? Pois bem, saiba que, de acordo com matéria publicada pela Folha de São Paulo, em junho de 2017, os bancos dificultaram ao extremo a disponibilidade de crédito para empresas familiares, alegando que “as instituições financeiras passaram a exigir mais garantias reais (bens imóveis) e a fazer avaliações de crédito mais detalhadas, sendo mais rigorosas”. Ou seja, quando a empresa estava saudável, o tratamento era cordial, mas agora, como a empresa não vai reverter mais lucros ao banco, as relações se estreitaram e a amizade simplesmente acabou.
Diante deste quadro, a empresa deve olhar para essa relação de vulnerabilidade em relação às dívidas bancárias de forma profissional e não pessoal, emocional ou familiar, da mesma forma como o amigo gerente do banco alegou que não tinha mais o que fazer e te deixou de mãos atadas.
Para isso, a profissionalização da empresa é passo fundamental e necessário. Se o seu problema é banco, procure orientação profissional especializada no assunto. Se o seu problema são títulos de créditos não pagos, fornecedores fazendo cobrança, tributos não pagos, entre outros, procure auxílio. Toda ação provoca sim uma reação e, caso a empresa não mude a forma de pensamento e administração, vai cair no ostracismo.
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